TÂNIA - Porquê que a tua mãe desmaiou?
TONINHO - Porque ela leu o diário da Lucinda.
JOSÉ - Tu devias aprender Karaté. É auto-defesa.
TONINHO - Mas eu já tenho auto-defesa!
JOSÉ - Nós estamos a falar de coisas diferentes.
TONINHO - Não estamos nada! Auto-defesa não é quando eu próprio assino as minhas notas?
CATARINA - É verdade que quando os meninos têm 12 anos, começam a nascer borbulhas na cara?
JANUÁRIO - É, mas aos 18 isso pára.
CATARINA - Porquê?
JANUÁRIO - Porque já não têm mais espaço na cara.
MÃE - Estou a pensar em dar-te um maninho, gostavas de ter, não é?
NERO - Há vários meses que te ando a pedir um GameBoy. Para isso não há dinheiro, mas para um irmão há, não é?
TONINHO - Há quantos anos estás casada com o pai?
FILIPA - Há 40.
TONINHO - E quantos anos é que faltam para recuperares o juízo?
ANÍBAL - O teu amigo Nero chamou-me camelo.
TONINHO - Iiiiiih!
ANÍBAL - Só dizes isso, não dizes mais nada?
TONINHO - Posso é dizer o que a avó costuma dizer.
ANÍBAL - E é o quê?
TONINHO - "As aparências iludem".
IMPÉRIO - As galinhas põem ovos. Os agricultores põem batatas.
TONINHO - As vacas não podem correr depressa, para não entornarem o leite.
NERO - Um dia estive tão doente que tive 40Kg de febre.
NERO - És o meu herói, Toninho! Conseguiste chegar meia-hora atrasado à aula sem a professora marcar falta.
IMPÉRIO - E és o meu herói, conseguiste com que a professora te dispensasse duas horas.
TONINHO - O que é que fizeste?
NERO - Disse que tive um irmaozinho.
TONINHO - Porquê que não disseste que tiveste dois? Assim conseguias quatro horas...
NERO - Não posso desperdiçar tudo agora. Para a semana vou dizer que tive mais um irmão.
IMPÉRIO - Ó Nero, o teu pai é corajoso?
NERO - Sei lá! Nunca lhe preguei um susto a sério...
IMPÉRIO - E o teu, Toninho?
TONINHO - Um grande medricas. Quando a minha mãe vai dormir fora de casa, o meu pai tem tanto medo que vai dormir com a vizinha.
NERO - Eu quero um carro a sério, já sou um homem.
BÊBADO - Então vais fazer uma coisa muito importante na vida de um homem: vais pagar-me um copo.
NERO - Não tenho dinheiro.
MANEL - (A chorar ao mesmo tempo que Tânia) Coitadito do filho do bêbado! Para além de enjeitadito, não tem dinheiro para comprar um copo ao pai!
CALÓ - Lavaste esse dente que te dói?
IMPÉRIO - Para quê? Vai ser o dentista que vai ficar com ele...
ANÍBAL - Sabes porquê que as pulgas fazem números de circo?
TONINHO - Não.
ANÍBAL - Para juntarem dinheiro, para comprarem um cão. Ahahahahahah!
JANUÁRIO - Trago este cadeirão, é do Luís XV.
O Nero sentou-se nele.
BRUNO - Sai daí, rapaz. Não ouviste? É do Luís XV!
NERO - Mas quando ele chegar, eu saio daqui.
JOSÉ - Tens de parar de ser mal criado comigo. Nunca ouviste dizer que quando um filho é mal criado, quando ele for pai, vai ter filhos mal criados também?
TONINHO - Acho que acabaste de te denunciar.
MARIA JOÃO - Que idade tens?
IMPÉRIO - 9. Mas se o meu pai não fosse tímido, já podia ter 10.
MÉDICO - Quando é que podes cá voltar?
NERO - Na parte da manhã.
MÉDICO - E na parte da tarde não, porquê?
NERO - Porque à tarde não tenho aulas.
CATARINA - Olha ali um homem a fumar um cigarro!
RICARDO - Onde?
CATARINA - Atrás do cigarro.
TÂNIA - De certeza que foi isso que a tua mãe disse para comprares?
NERO - Sim, batatas e bom-bons.
TÂNIA - Tens a certeza? 2kg de bom-bons e 100g de batatas?
POLÍCIA - Se os teus pais se separassem, querias ficar com quem?
RICARDO - Com o que ficasse com o carro.
A Maria João estava a mudar a fralda ao Pedrinho.
IMPÉRIO - Espera! Falta o sal!
CATARINA - Se o meu irmão for pai, o que é que eu vou ser?
BRUNO - Tia.
CATARINA - Mas eu não quero ser tia!
BRUNO - Então?
CATARINA - Quero ser médica.
DEOLINDA - O que é que estás a fazer aqui parado?
RICARDO - O meu pai disse para eu passar para o outro lado da rua quando passassem os carros todos. Eu estou aqui há mais de meia hora, ainda não passou nenhum...
A Império estava a brincar com o chapéu de polícia. Chega o José Batanete.
POLÍCIA - Esse chapéu é seu?
IMPÉRIO - Não. É seu?
POLÍCIA - Eu por acaso não sei do meu. Aliás, acho que mo roubaram.
RICARDO - Se um avião com 100 passageiros cai entre a fronteira de Portugal e Espanha, e fica metade para cada lado, onde é que se enterram os sobreviventes?
PROFESSORA - (Depois de muito pensar) Não faço ideia.
RICARDO - Os sobreviventes não se enterram! Duh!
TONINHO - Amanhã vou conseguir chegar atrasado outra vez. Vou pedir à minha mãe para me cortar a parte de trás do cabelo.
CATARINA - Não compensa. Chegas atrasado uma hora, mas vais ter mais pescoço para lavar durante um mês.
RICARDO - Sabes o que é que o ponteiro grande diz ao ponteiro pequeno? Encontramo-nos daqui a uma hora.
TININHA - Onde é que vamos?
TININHA - Isto são caezinhos polícia.
PROFESSORA - Mas a mim não me parecem.
CATARINA - Pois não, são da polícia secreta...
PROFESSORA - A água anda sozinha à noite.
IMPÉRIO - E não há ninguém para tomar conta dela?
PROFESSORA - Como é que te atreves a entrar nesta sala às 10 da manhã?
TONINHO - Porque a professora disse que íamos ao jardim zoológico. Olhe, se um macaco sair da jaula e comer a professora, qual é o autocarro que temos de apanhar para ir embora?
PROFESSORA - O que é uma feminista?
TININHA - É uma mulher igual às outras, mas com pelos debaixo dos braços.
PROFESSORA - As batatas nascem debaixo da terra.
CATARINA - Porquê que as pessoas perdem tempo a cultivar batatas quando já só comem palitos congelados e puré de pacote?
CATARINA - Sabe quanto é que consegue uma pasta de dentes?
PROFESSORA - Não.
A Catarina aponta para o chão...
CATARINA - 3 metros.
RICARDO - O seu bebé está a chorar!
PROFESSORA - É da idade, está-lhe a nascer os dentes.
TININHA - E porque chora? Não quer ter dentes?
NERO - Quem quer um papagaio?
TININHA - Eu.
NERO - Escolhe entre um vermelho e um verde.
TININHA - O vermelho, que já está mais maduro.
TONINHO - Xau, mãe e pai! Estou atrasado!
JOSÉ - Porquê que estás tão bem vestido e arranjadinho?
TONINHO - Porque a império voltou hoje para a escola.
JOSÉ - É assim mesmo, conquista a império!
TONINHO - Xau!
FILIPA - Ó amorzinho porco, tomaste óleo de fígado de bacalhau?
TONINHO - Tomei, duas garfadas.
FILIPA - Ai, tomaste duas garfadas? VAI JÁ LÁ DENTRO E DESPENTEIA ESSE CABELO, QUE A TUA MÃE NÃO TE DEIXA SAIRES ASSIM PARA A RUA, PARECES UM TONHÓ!
Chega o Aníbal.
ANÍBAL - Ó Toninho! Tu ainda estás em casa?
TONINHO - Deixei-me dormir.
ANÍBAL - Mas não pode ser! Tu para seres alguém tens que te levantar cedo! Eu na tua idade era 7:00 da manhã e "pimba".
TONINHO - A sério? E com que idade é que deixou de fazer essa parvoíce?
ANÍBAL - TONINHO? VAI JÁ LÁ PARA DENTRO E DESPENTEIA ESSE CABELO, ESTÚPIDO DO RAPAZ!
PROFESSORA - Qual é o dia que dá mais trabalho aos professores?
CATARINA - Segunda.
PROFESSORA - Porquê?
CATARINA - Porque tem de arrancar 2 folhas ao calendário.
O Ricardo foi contra um poste.
FREIRA - Ai meu Deus! Dá graças a Deus, menino!
RICARDO - Porquê?
FREIRA - Não acreditas em Deus?
RICARDO - Eu acredito, mas é preciso eu ir ter com ele, ou ele vem ter comigo?
LUCINDA - O que é que se tem de fazer para que os pecados sejam perdoados?
TONINHO - A primeira coisa é pecar.
FILIPA - Vai fazer os TPCs.
TONINHO - Não me apetece.
FILIPA - Olha que eu vou dizer ao teu pai!
TONINHO - Não vale a pena, ele também não vai querer fazer...
IMPÉRIO - Se eu ficar muito bonita, vou conseguir encontrar um marido como o da madrinha?
FILIPA - Não. Se tiveres atenção, encontras um muito melhor que o meu!
JANUÁRIO - A tua professora está muito preocupada com as tuas notas más.
CATARINA - Desde quando é que eu tenho de me preocupar com as preocupações dos outros?
CATARINA - Estamos a dar a distância dos astros.
JANUÁRIO - Ah! E como é que fazemos para mantermos essa distância?
NERO - Posso fazer-te duas perguntas?
BÊBADO - Tantas?
NERO - Dás-me 40 euros?
BÊBADO - Qual é a 2ª?
NERO - Porquê, pai? Porquê que não me dás 40 euros?
PROFESSORA - Porquê que a América começa o dia mais tarde que Portugal?
CATARINA - Porque a América foi descoberta depois de Portugal. Duh!
PROFESSORA - Quanto é 400x265?
RICARDO - A senhora, que é professora é que devia saber...
PROFESSORA - Se tu tiveres 34 maças e eu te tirar 2, o que é que acontece?
TININHA - 2 maças em 34 não fazem diferença nenhuma! Tenho todo o gosto em lhas dar!
PROFESSORA - Porquê que chamamos à nossa língua, "língua mãe"?
NERO - Talvez porque o pai nunca abre a boca.
PROFESSORA - Quem te deu autorização para chegares tarde à minha aula?
TONINHO - A senhora professora.
PROFESSORA - Porquê?
TONINHO - A professora disse que nunca é tarde para aprender...
PROFESSORA - Qual o teu melhor tesouro?
CATARINA - A minha cultura geral...
PROFESSORA - E onde é que o enterraste?
PADRE - O que é que estás a fazer?
RICARDO - Estava a pensar nas mulheres muito pobrezinhas, que nem têm dinheiro para comprar roupa para vestir.
PADRE - Porquê?
RICARDO - Porque as vi todas nuas cheias de frio, numa revista que o meu pai tem lá em casa.
RICARDO - O que é que o sr. José faz durante o dia?
POLÍCIA - Nada.
RICARDO - Então como é que sabe quando é que acaba o serviço?
IMPÉRIO - Posso fazer o pino com esta saia?
FILIPA - Não, senão toda a gente vê as tuas cuecas.
IMPÉRIO - Mas eu já fiz o pino lá fora...
FILIPA - E toda a gente te viu as cuecas?
IMPÉRIO - Não! Eu tirei-as antes de fazer o pino!
NERO - Sra. professora...
PROFESSORA - Agora não.
NERO - Sra. professora...
PROFESSORA - Agora não!
NERO - Sra. professora...
PROFESSORA - SE VOLTAS A DIZER "SRA. PROFESSORA", VAIS DIREITO PARA A RUA!
NERO - Sra. dona Alice, posso dizer uma coisa?
POLÍCIA - O que é que estás aqui a fazer?
RICARDO - Estou a dormir...
POLÍCIA - E porquê que não estás a fazer os trabalhos de casa?
RICARDO - Porque não quero morrer a trabalhar.
POLÍCIA - Olha que o trabalho nunca matou ninguém, ouviste?
RICARDO - Quer que me arrisque a ser o primeiro?
PROFESSORA - Se tivesses muito dinheiro, o que fazias?
CATARINA - Comprava um vestido branco, umas calças brancas, uns sapatos brancos e um véu branco.
PROFESSORA - Para quê?
CATARINA - Para me atirar à primeira poça de lama que encontrasse. Duh!
PROFESSORA - A que povo pertenciam Adão e Eva?
TININHA - Eram portugueses. Não tinham tecto, não tinham nada para vestir, só comiam maças, e ainda assim pensavam que viviam no paraíso.
TININHA - Gosto do Super-Homem, porque me protege. Gosto do Pai-Natal, porque me dá prendas. Gosto da Cegonha, porque me trouxe o irmaozinho.
PROFESSORA - Muito bem! Vais ter uma boa nota.
TONINHO - Com uma redacção tão boa, já deves ter percebido que o teu pai não serve para nada.
TONINHO - Foi o pai que te deu esse casaco?
FILIPA - Se eu estivesse à espera que o teu pai me desse alguma coisa, ainda hoje não existias.
PROFESSORA - Na frase "O carro do Manel despistou-se", onde está o sujeito?
CATARINA - No hospital.
PROFESSORA - O que é o namoro?
CATARINA - É o amor à luz da Lua!
PROFESSORA - O que é o casamento?
TONINHO - É a conta da electricidade.
PROFESSORA - Se o cordeirinho tivesse fugido, não teria sido comido pelo lobo.
TONINHO - Pois não! Teria ido ao talho e teria sido comido por nós!
PROFESSORA - O que é a adolescência?
CATARINA - É a idade em que a rapariga muda a voz de "NÃO!" para "Siiim!!!!!!".
PROFESSORA - O que é um livro póstumo?
TONINHO - É um livro que o escritor escreveu quando já estava morto.
PROFESSORA - O que é a Lua de Mel?
CATARINA - São as férias que os homens têm antes de irem trabalhar para a patroa.
PROFESSORA - Dá um exemplo de "lógico".
CATARINA - Deus é amor, o amor é cego. Se Stevie Wonder é cego, então, Stevie Wonder é Deus.
PROFESSORA - Toninho.
TONINHO - Eu sou ninguém. Ninguém é perfeito. Logo, eu sou perfeito. MAS, só Deus é perfeito. Então, se eu sou Deus e Stevie Wonder é Deus, logo, eu sou Stevie Wonder.
CATARINA - Professora!
PROFESSORA - Diz, Catarina.
CATARINA - Vamos lá ver se a professora é capaz de explicar isto: porque é que a placa "Proibido pisar a relva" foi colocada no meio da relva?
TONINHO - Professora, porque é que a palavra "grande" é mais pequena que a palavra "pequeno"?
PROFESSORA - Porque... grande... porque... ah... qual era a pergunta?...
PROFESSORA - Que outro nome se dá ao nascer do Sol?
CATARINA - Não sei.
PROFESSORA - Aurora.
AURORA - Sim, senhora professora?
PROFESSORA - Gostas de animais?
TONINHO - Eu adoro animais!
PROFESSORA - E o que é que fazes quando gostas deles?
TONINHO - Como-os.
PROFESSORA - Desenha no quadro 2 círculos.
TONINHO - Não sei.
PROFESSORA - Então desenha uma bola muito grande no lado esquerdo do quadro.
(...)
PROFESSORA - Sabes o que isso é?
TONINHO - Não.
PROFESSORA - É o que tu és: UM ZERO À ESQUERDA.
CATARINA- Aaaaaaah! Ai!
PROFESSORA - O que foi?
CATARINA - Foi o Toninho, que disse uma palavra muito feia!
PROFESSORA - O que foi que ele disse?
CATARINA - Vamos combinar o seguinte: a professora diz todos os palavrões que conhece. E, quando chegar ao que ele disse, eu aviso-a. Doh?
TONINHO - Professora!
PROFESSORA - Diz, Toninho!
TONINHO - Se o casamento é uma coisa boa, porque é que são precisas testemunhas?
CATARINA - Professora!
PROFESSORA - Sim, Catarina?
CATARINA - Se os homens são todos iguais, porque é que as mulheres escolhem tanto?
PROFESSORA - Se 1 pedreiro levar 10 dias a fazer um prédio, quer dizer que 10 pedreiros levam 1 dia para construir o mesmo prédio.
TONINHO - Então... se 1 barco demorar 10 dias a chegar a Luanda, quer dizer que 10 barcos demoram 1 dia?
PROFESSORA - Onde moram os esquimós?
TONINHO - Não sei. A minha mãe não gosta muito que eu me dê com a vizinhança.
PROFESSORA - Que idade tens?
TININHA - 9 anos.
PROFESSORA - E quando é que fazes os 10?
TININHA - Quando os 9 acabarem.
PROFESSORA - Fizeste a conta?
TONINHO - Sim. E como era prova dos nove, eu calculei 10 vezes, para não me enganar.
PROFESSORA - Muito bem!
TONINHO - E no final da página estão os 10 resultados diferentes.
PROFESSORA - Qual a melhor maneira de uma relação durar muito tempo?
TININHA - Manter a casa sempre limpa.
RICARDO - Nunca dizer que amamos uma pessoa, se não for verdade.
CATARINA - Passar o tempo todo a namorar, em vez de ir trabalhar.
TONINHO - Nunca baralhar o nome das namoradas.
PROFESSORA - Napoleão Bonaparte esmagou os austríacos.
CATARINA - Que carro é que ele tinha?
PROFESSORA - O mais importante da escola, não é aquilo que vocês aprendem. O mais importante, são as perguntas que vocês fazem.
TONINHO - Porquê?
MÉDICO - NÃO MEXAS NISSO!
(...)
MÉDICO - Eu não sei como é que vamos tapar esse buraco no dente.
FILIPA - Há maneira?
MÉDICO - Sim, temos a tradicional massa, temos o chumbo, e a porcelana.
TONINHO - Eu tenho uma ideia.
MÉDICO - CALE-SE! Diga...
TONINHO - Encha com chocolate.
FILIPA - Ai, o meu amorzinho porco sai mesmo à mãe! Tem uma inteligência...
MÉDICO - De facto, ele é de uma inteligência rara... de facto...
PROFESSORA - Vocês viram aquilo que disse?
Todos dizem "sim", menos o Toninho.
PROFESSORA - Tu não viste?
TONINHO - Vi mais ou menos, eu não gosto de guerra.
PROFESSORA - Mas aquilo não é guerra, é um canto.
TONINHO - Então porque é que o maestro estava sempre a bater-lhe com a batuta?
PROFESSORA - Mas ele não está a bater-lhe...
TONINHO - Ai não? Então porquê que a cantora estava sempre a gritar?
PROFESSORA - Se eu fizesse o pino aqui, o que é que acontecia?
TONINHO - O sangue vinha todo para a cabeça.
PROFESSORA - E isso tem a ver com a gravidade?
TONINHO - Sim, se a professora fizesse o pino no meio da aula, o médico tinha de ver a gravidade da situação!
PROFESSORA - Como é que tu provas que a Terra é redonda?
CATARINA - Ó professora! Eu não tenho de provar nada! Não fui eu que disse isso!
NERO - Eu amanhã não posso vir à escola, porque é Sexta, e eu tenho de preparar as coisas com a minha mãe, porque o meu irmão vai ser baptizado Sábado.
IMPÉRIO - Sábado? Que nome tão fatela!
CATARINA - Que horas são?
PROFESSORA - 10 para as 11.
CATARINA - A professora é muito ansiosa, não é?
PROFESSORA - Porque é que dizes isso?
CATARINA - Porque não me interessa saber que horas são daqui a 10 minutos. O que eu perguntei é que horas são agora.
PROFESSORA - Qual o feminino de cão?
TONINHO - Cadela.
PROFESSORA - E de ladrão?
TONINHO - Ladrela.
PROFESSORA - Que grande disparate! Então, se uma mulher roubar uma carteira a um homem, o que é que ela é?
TININHA - É a mulher dele!
PROFESSORA - Dá um exemplo de hipocrisia.
CATARINA - Hipocrisia é se todos os dias eu chegar muito contente à escola!
TININHA - É verdade que, se um gato preto se atravessar na nossa frente dá azar?
TONINHO - Se tu fores um rato, dá bué de azar.
PROFESSORA - Catarina, porque é que chegaste a esta hora?
CATARINA - Porque a minha mãe está sempre do contra.
PROFESSORA - Porquê?
CATARINA - Porque, quando estou a brincar, a minha mãe diz que é tarde, e manda-me para a cama. De manhã, quando estou a dormir ferradinha, ela diz também que é tarde, e manda-me levantar. Por isso, hoje enfrentei-a!
Chegam todos os alunos...
PROFESSORA - Vocês sabem que horas são? 9 e 20.
ALUNOS - 29, senhora professora!